Tomar um café gostoso, em boa companhia, é tarefa simples, para quem gosta de café, claro! Falar sobre o assunto, é que se pode tornar complicado, quando não se dominam bem as regras gramaticais.
O desafio de hoje é sobre o uso correto, segundo a norma, do para mim ou para eu. Talvez seja bom, antes de prosseguirmos, falar um pouco sobre pronomes pessoais, para melhor entendermos o seu emprego. A Gramática Normativa dedica um capítulo inteiro aos pronomes e seu emprego, com pouco mais de noventa páginas. Prometo não me alongar tanto assim, Caro Leitor!
Segundo sua função, os pronomes pessoais assumem a forma de pronomes RETOS, quando funcionam como sujeitos de uma oração, ou OBLÍQUOS quando se empregam, fundamentalmente, como objeto (direto ou indireto) e, de acordo com as pessoas gramaticais, têm a capacidade de indicar, no colóquio: Quem fala – 1ª pessoa Eu, Nós; Com quem se fala – 2ª pessoa Tu, Vós; De quem se fala – 3ª pessoa Ele, Ela, Eles, Elas.
No quadro abaixo fica mais fácil identificar os pronomes pessoais e sua correspondência entre eles, de acordo com suas funções.
Quando se pergunta: — Este café é para eu tomar? O pronome eu, é o sujeito, aquele que pratica a ação de tomar o café. Portanto, não poderei perguntar se o café é para mim tomar. Seria diferente, se a minha intenção fosse perguntar, simplesmente, a quem se destina aquele café… a mim, a ti, a ele ou ela?
Sempre que o pronome, da primeira pessoa do singular, estiver junto de qualquer tempo verbal, incluindo o infinito pessoal, (tomar, tomares, tomar, tomarmos, tomardes, tomarem), na função de sujeito da ação (=aquele que a pratica) emprega-se o pronome reto eu. Vejamos alguns exemplos:
• Por favor, empreste-me esse livro para eu ler, assim que puder.
• Não deu para eu fazer, conforme o combinado.
• Para eu comprar essas coisas, elas precisam de estar em bom estado.
• Para eu pendurar as flores que você me deu, preciso de mais suportes.
Já o mim, pronome oblíquo, emprega-se na função de objeto direto ou indireto e precedido de uma preposição.
• Para mim, estas flores são vermelhas!
• Você comprou este presente para mim?
• Ligue para mim!
• Eles fizeram aquele trabalho para mim.
• A carta que chegou para mim, trouxe boas notícias boas.
• Não o ver, para mim, é um suplício.
• Falar em público é difícil, para mim. = Para mim, falar em público é difícil.
• Gosto de mim. Dirigiu-se a mim
• Minha mãe faz tudo por mim
• Venha até mim!
• Nada existiu, realmente, entre mim e ti.
Quando a preposição for com mais pronome oblíquo teremos as formas: comigo, contigo, consigo, conosco, convosco, com ele (ela, eles, elas).
Meus amigos, agora que vocês já conhecem a regra, usem-na, sempre que possível. É evidente, que muita gente não emprega corretamente as regras, como é verdade, que a linguagem coloquial e as licenças poéticas, nos permitem às vezes desvirtuá-las. Mas isso não é assunto para mim; isso não é assunto para eu tratar, agora.
Até breve!
Muito interessante o post. Curto e claro, também. Parabéns!
Obrigada Gabriela! O objetivo é esse: ser claro e preciso!
perfeito
Obrigada Gabriela! O objetivo é esse: ser claro e preciso!
🙂
Obrigada, Gabriela, pelo comentário. Sua opinião é muito importante. Ajuda-me a melhorar cada vez mais!
Grato pela participação. Divulgue nosso trabalho.
Ce, parabéns pela postagem. A facilidade com que explica é uma característica só sua.
Comente a respeito do emprego de Ao invés de / Em vez de. Bjs
Olá Valdete, obrigada. em breve falarei sobre isso!
Sérgio!
Por gentileza, desative os comentários repetidos que eu postei!
Grata
Celeste